Inocência

"Quanto é que esse moço ganha? R$ 1,2 milhão, então o ministro vai ganhar isso. O que estamos criando neste País é uma inversão de valores.”, afirmou o presidente do TCDF, para depois justificar suas afirmações: “Um cidadão com a responsabilidade de um ministro do Supremo não pode levar oito anos, sem gastar um centavo, para comprar um apartamento na Avenida Vieira Souto (na orla de Ipanema, um dos endereços mais caros do País). No entanto, a moça que teve a nádega considerada a mais bonita do Brasil e botou para tirar fotografia comprou à vista”, argumentou.

Trecho da entrevista do recém empossado Presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Paulo César Ávila. Dentre as pérolas da entrevista destaquei esse trecho e este, muito mais promiscuo: “Se eu fosse ditador, diria que ministro do Supremo (Tribunal Federal – STF) vai ganhar a mesma coisa que ganha o Faustão.” Não sei se mais me assutou o sálario do Faustão ou a inclinação autoritária do senhor Presidente. Justificando suas frases controversas utilizou o clichê da 'troca de valores'.
Não sei por onde anda a destroca dos tais valores, mas tenho certesa que não nos bolsos polpudos dos senhores íntegros que dominam o país. Muito me assusta a falácia que envolve os discursos de posse, assutam pelas pérolas, insanidade ou fervor do momento, ou alguém já se esqueceu do senhor Mantega falando sobre a carga tributária assim que assumiu a fazenda?
Agora, se for para ganhar como ou Fausto ou o Gugu, que nem me dou ao trabalho de comentar, me nomearia Ministro da Caça e Pesca.
Apenas mais um adendo, ontem eu e Antônio estavmos imaginando nossa reforma ministerial, Soninha nos esportes, Lúcia Hipóllito na fazenda, Arnaldo Jabour na casa civil, Luiza Mel no meio ambiente e Newton Cardoso na parte de obras...
Só uma última coisa, no currículo do tal presidente do TCDF consta uma participação como advogado do ex-senador cassado por corrupção Luiz Estevão. Essa é a tropa de elite do nosso país...