A menina esperava seu homem chegar
E olhava todo dia a linha do mar
Ele só quer escutar o que ela quer dizer
Ela sabe do desejo o seu coração
Aí ela disse: vai querer?
O menino esperava sua mulher chegar
E olhava todo dia em cima do mar
Ela só quer escutar o que ele quer dizer
Ele sabe do desejo do seu coração
Aí ele disse: por amor, ou por besteira?
Monday, February 26, 2007
em tempo,
ficarei um tempo calado e recluso repensando a mediocridade da minha vida e por que nunca me dão valor, apenas quando ouvem de alguém as mesmas coisas que reluto em dizer. chega, um tempo para mim, um tempo.
A procura de respostas
Oh meu Deus! que diabos de intentonas filosóficas são essas? Para que tanto pseudo intelectualismo para refutarmos fatos já mais que sacramentados pelo idiota senso comum. Por que não dizer "eu gosto de você?". Sabe se lá onde foi parar a miséria de espírito de toda essa joça chamada coragem, que só vem a tona quando bebemos. Quem sabe Deus não inventou ainda alguma coisa para substituir esse víco maléfico da falta de carne que vinga, e em todo esse desperdíciod e falácias ainda enchemos a boca e dizemos: "oh, eu não ligo para o que os outros pensam".
Mal sabemos que somos fruto infectado de toda essa mediocridade social e fingimos ser os elitizados cults, moderninhos do bairro, quando todo esse despojo em nada nos difere dos alienados, apenas temo nossa alienação preconceituosa excludente. Em grupos de grupos dos incomuns, oh céus para que diabo esse imenso novelo de abominações segue sendo desenrolado?
a procura de respostas
Mal sabemos que somos fruto infectado de toda essa mediocridade social e fingimos ser os elitizados cults, moderninhos do bairro, quando todo esse despojo em nada nos difere dos alienados, apenas temo nossa alienação preconceituosa excludente. Em grupos de grupos dos incomuns, oh céus para que diabo esse imenso novelo de abominações segue sendo desenrolado?
a procura de respostas
Friday, February 23, 2007
A garota propaganda
Contratada como garota-propaganda de uma rede de óticas, ela dança com o desenho de um óculos pintado sobre os seios. A pintura, realizada pelo artista plástico João Carlos Ribeiro de Sousa, demora três horas para ficar pronta. "Quando meu pai souber, vai brigar muito comigo. Eu sou a caçulinha dele", disse.
Leia a seguir a entrevista com a modelo:
Leia a seguir a entrevista com a modelo:
A sua família sabe do seu trabalho?
Só a minha mãe. Ela me acompanha no trio. Meu pai não sabe. Quando ele souber, vai brigar muito comigo. Eu sou a caçulinha dele.
Qual é o cachê que você recebeu por esse trabalho?
Não posso contar. O dinheiro dá para fazer uma plástica. Quero colocar silicone nos seios. Penso seriamente em fazer isso.
O que você achou da sua fantasia?
Sempre gostei de dançar e aparecer. Quando era criança, via as mulheres nuas nos trios. Sempre gostei. Meu ex-chefe fez o convite e eu aceitei. Vou desfilar nos seis dias de folia.
O que você acha da repercussão do seu trabalho no Carnaval?
Estou adorando. Não esperava esse sucesso. É um trabalho recompensador.
Dá tempo de namorar?
Não. Fico muito cansada no final do desfile. E outra: não gosto de misturar trabalho com vida pessoal. Não pretendo beijar ninguém nesse Carnaval.
Você só ouve elogios? Não tem comentários maldosos?
Tem sim, mas são poucos. Ouço gritos de prostituta, mas não levo a sério. Levo na brincadeira. Brinco e agradeço.
O que você não faria por dinheiro?
Não venderia o meu corpo.
Chega a ser engraçado. Ela não vende o corpo só aluga.
Muito me admiraria saber que depois ela vai escrever um livro contando a sua emocionante história: "Garota de Aluguel".
Isso me envergonha. Chauvinistas nós somos? Vendidas são elas.
Thursday, February 22, 2007
Aos filhos únicos
Odeio filhos únicos. Tenho aversão as crises existênciais típicas desses tipinhos. É incrível como eles esperam que todas as decisões do mundo girem em torno dos seus umbigos imundos. o pior é quando você tem um amigo filho único. Um martírio saibam vocês. Pela força da amizade (vê bem) nos obrigam a fazer coisas que normalemente evitariamos fazer, indistintamente, como por exemplo implorara diálogo com meninas que eles tem alguma "consideração". Não entrando no mérito da questão (apesar de merecer um belo post de desabafo reclamando do que fui obrigado a fazer, mas deixo claro que farei o que lhe prometi ainda), o espírito genioso desses filhos únicos é repugnante.
Alguns por força de serem extremamente mimados e das suas mães aceitarem tudo o que fazem numa boa, como meios de espairecerem chegam aos extremos de se acharem incompreensíveis. Oh meu Deus! Bem dizem os filósofos quem ninguem pensa sozinho. Tudo o que chamamos de personalidade e de "compreensão de mundo" é oriundo do meio em que estamos inseridos. A sociedade uma vez estabelecida com seus contratos intrinsecos são capazes de formular o nosso carater, nosso gênio. Numa mão influimos no meio em que vivemos, e numa outra muito mais forte, a sociedade molda nosso tipo.
Caro filho único aprenda de uma vez por todas: você não é o incompreensível, o misantropo, anti-social que fica enjaulado em um pedestal de admiradores que invejam sua capacidade de embebedar-se e de se divertir sozinho. Você sim sofre de um recalque comportamental muito forte, uma incesante vontade de se incluir socialmente mas uma necessidade fisiológica de ser "o" diferente. ora bolas, seja um pouco mais feliz, se de ao trabalho de querer ser entendido, e se rebele dassa droga de auto-suficiencia.
Querido amigo filho único, sinto ter sido pesado aqui com as palavras, provavelmente bastante ofensivas, mas se fez necessário uma vez que você me proibiu até de usar o "mas".
Não tratarei de descumpriri minhas promessasr, nem de odiar essas crises exitencias.
Sinceros votos de que você melhore.
Alguns por força de serem extremamente mimados e das suas mães aceitarem tudo o que fazem numa boa, como meios de espairecerem chegam aos extremos de se acharem incompreensíveis. Oh meu Deus! Bem dizem os filósofos quem ninguem pensa sozinho. Tudo o que chamamos de personalidade e de "compreensão de mundo" é oriundo do meio em que estamos inseridos. A sociedade uma vez estabelecida com seus contratos intrinsecos são capazes de formular o nosso carater, nosso gênio. Numa mão influimos no meio em que vivemos, e numa outra muito mais forte, a sociedade molda nosso tipo.
Caro filho único aprenda de uma vez por todas: você não é o incompreensível, o misantropo, anti-social que fica enjaulado em um pedestal de admiradores que invejam sua capacidade de embebedar-se e de se divertir sozinho. Você sim sofre de um recalque comportamental muito forte, uma incesante vontade de se incluir socialmente mas uma necessidade fisiológica de ser "o" diferente. ora bolas, seja um pouco mais feliz, se de ao trabalho de querer ser entendido, e se rebele dassa droga de auto-suficiencia.
Querido amigo filho único, sinto ter sido pesado aqui com as palavras, provavelmente bastante ofensivas, mas se fez necessário uma vez que você me proibiu até de usar o "mas".
Não tratarei de descumpriri minhas promessasr, nem de odiar essas crises exitencias.
Sinceros votos de que você melhore.
Wednesday, February 21, 2007
Friday, February 16, 2007
Eu não gosto dos GRES
Então começou. Né não brow? Carnaval, a grande festa sem sentido que todo (quase todo) brasileiro ama. Me explica o que tem de tão especial nessa festa insana da promiscuidade permitida? O que se comemora no carnaval? Pra que serve essa droga e qual a importância deste evento todo?
Quando tiverem as respostas me disponho a "pular carnaval" com vocês.
Quando tiverem as respostas me disponho a "pular carnaval" com vocês.
Wednesday, February 14, 2007
Elevadores
Penso que os designers que criaram os elevadores eram homens. Lógico não tem explicação, meu senso masculino sabe que as ideias conceituais elucidadas nesse tal cubículo que impressionatemente rompe com as leis da gravidade são completamente masculinas.
Mulheres odeiam elevadores, principalmente pela manhã enquanto descem para comprar o pão na padaria. Deve ser um inferno com aquela cara de sono, o cabelo engrandanhado e o mau-humor-tipicamente-feminino-subto-pela-manhã enfrentar um cubiculo de 1m² e uma iluminação densa e clara, com um mega espelho que provavelmente deve ter o triplo do tamanho do espelho comumente enfrentado ao amanhecer. Se encarar logo pela manhã, quando as mulheres mais se sentem mal com sua pele e seu cabelo e a roupa. Nossa o entendimento da pscicologia feminina por parte dos homens é terrível.
Tenho vários relatos de mulheres que preferem encarar 8 ou 9 andares de escada à enfrentar a crueldade do imenso espelho que expõe a fragilidade pscicológica e insita a instabilidade neurótica das mulheres quanto a roupa que estão usando e o cabelo.
Coisa engraçada, as mulheres apaixonadas por um espelho não se submetem ao próprio julgamento num objeto que escraxa todos os detalhes.
Ih isso é uma loucura só. A doentia e tipicamente maldosa mente masculina foi capaz de produzir uma coisa capaz de diminuir o desgaste físico e na contra proposta aumentar o desgaste pscicológico.
Eu particularmente odeio elevadores, mais pela sensação ruim que causam em função da gravidade que por qualquer outra coisa. Mãs diariamente enfrento a brutal luta contra a fila do elevador na faculdade. Afinal não sou o esportista adepto do esforço físico para enfrentar 9 andares de esacdas.
Mulheres odeiam elevadores, principalmente pela manhã enquanto descem para comprar o pão na padaria. Deve ser um inferno com aquela cara de sono, o cabelo engrandanhado e o mau-humor-tipicamente-feminino-subto-pela-manhã enfrentar um cubiculo de 1m² e uma iluminação densa e clara, com um mega espelho que provavelmente deve ter o triplo do tamanho do espelho comumente enfrentado ao amanhecer. Se encarar logo pela manhã, quando as mulheres mais se sentem mal com sua pele e seu cabelo e a roupa. Nossa o entendimento da pscicologia feminina por parte dos homens é terrível.
Tenho vários relatos de mulheres que preferem encarar 8 ou 9 andares de escada à enfrentar a crueldade do imenso espelho que expõe a fragilidade pscicológica e insita a instabilidade neurótica das mulheres quanto a roupa que estão usando e o cabelo.
Coisa engraçada, as mulheres apaixonadas por um espelho não se submetem ao próprio julgamento num objeto que escraxa todos os detalhes.
Ih isso é uma loucura só. A doentia e tipicamente maldosa mente masculina foi capaz de produzir uma coisa capaz de diminuir o desgaste físico e na contra proposta aumentar o desgaste pscicológico.
Eu particularmente odeio elevadores, mais pela sensação ruim que causam em função da gravidade que por qualquer outra coisa. Mãs diariamente enfrento a brutal luta contra a fila do elevador na faculdade. Afinal não sou o esportista adepto do esforço físico para enfrentar 9 andares de esacdas.
Tuesday, February 13, 2007
Te compraram também?
A google comprou meu blog. Não só o meu, o seu também e todos os outros que são blogspot.com.
Ah, tá isso é antigo, mas a partir de hoje meu acesso se dá pela droga do meu e-mail do G-mail (que por sinal nunca usei), assim como meu orkut, MSN e mais tudo que eu uso nessa internet.
Quando achei que a apple ia dominar o mundo com o tal Iphone (um fracasso), a google dá mais um tapa na pantera (eita) e compra meu blog, o youtube o orkut, o resto todo, vai ver a wickpedia (a mesma que matou Dave Grohl no dia 5) também é deles.
Penso que esses estranhos seres googleanos estão infiltrados no meu trabalho, na minha escola e quem sabe até dentro de casa, e triscou relou eles compram. Acho que só não me compraram por eu não ser tão lucrativo. é não sou mesmo, mãs você tome muito cuidado, vai ver eles te oferecem uma tentadora proposta e bum, você é da google.
acho que eles compraram o indie também. 1,2,3 google-indiezinhos. Afinal, com tanta banda ruim de musicas que giram em torono de um lalalá surgindo e vendendo, não me admira que a google comprou a popload.
A google comprou o Lucio Ribeiro, ele não me engana. vai ver o kibeloco também. Ih chega. Estou fazendo muita propaganda pra goo... é essa empresa.
Não estou a venda, melhor estou, mas não para a google. Quer me comprar?
Ah, tá isso é antigo, mas a partir de hoje meu acesso se dá pela droga do meu e-mail do G-mail (que por sinal nunca usei), assim como meu orkut, MSN e mais tudo que eu uso nessa internet.
Quando achei que a apple ia dominar o mundo com o tal Iphone (um fracasso), a google dá mais um tapa na pantera (eita) e compra meu blog, o youtube o orkut, o resto todo, vai ver a wickpedia (a mesma que matou Dave Grohl no dia 5) também é deles.
Penso que esses estranhos seres googleanos estão infiltrados no meu trabalho, na minha escola e quem sabe até dentro de casa, e triscou relou eles compram. Acho que só não me compraram por eu não ser tão lucrativo. é não sou mesmo, mãs você tome muito cuidado, vai ver eles te oferecem uma tentadora proposta e bum, você é da google.
acho que eles compraram o indie também. 1,2,3 google-indiezinhos. Afinal, com tanta banda ruim de musicas que giram em torono de um lalalá surgindo e vendendo, não me admira que a google comprou a popload.
A google comprou o Lucio Ribeiro, ele não me engana. vai ver o kibeloco também. Ih chega. Estou fazendo muita propaganda pra goo... é essa empresa.
Não estou a venda, melhor estou, mas não para a google. Quer me comprar?
Deixa eu brincar de ser feliz.
Tenho reparado que a discussão sobre a dualidade do verossímel tem tomado dimensões alarmantes. Sim, as pessoas, antes tarde do que nunca, estão começando a entender que mais vale uma vida idealizada que choramingar a desgraça do real.
Li um texto super bacana sobre isso, essa coisa chata das pessoas falarem "isso só acontece nos filmes" sabe? Pois é, e concordo. Não é só nos filmes não. Sabe alguém que vive esse mundinho insano e tão real teve que pensar nisso. Ninguém está apto a descrever o que não viveu. Não me considero capaz de escrever sobre a Estônia, nunca tive lá, nem mesmo sobre junlgamentos éticos e chauvinistas, coisas que não fazem parte do meu circulo de discussões.
Logo concluindo toda essa confusão, alguém tem que ter ao menos, por perto, vivido as emoções próximas as que deseja expressar. Alguém viveu o conto de fadas das comédias românticas? Sim.
Ao penso logo existo, replico, amo logo existo, sinto logo existo, idealizo logo existo, espero logo existo, decepciono-me logo existo, escrevo logo existo.
Oras, deixe-me viver também alimentado pelas minhas loucuras e divagações. deixe-me viver sucumbido aos planos jamais realizados, escrevendo as poesias nunca lidas e escrevendo cartas jamais enviadas.
A realidade é você quem faz.
Deixa eu brincar de ser feliz.
Li um texto super bacana sobre isso, essa coisa chata das pessoas falarem "isso só acontece nos filmes" sabe? Pois é, e concordo. Não é só nos filmes não. Sabe alguém que vive esse mundinho insano e tão real teve que pensar nisso. Ninguém está apto a descrever o que não viveu. Não me considero capaz de escrever sobre a Estônia, nunca tive lá, nem mesmo sobre junlgamentos éticos e chauvinistas, coisas que não fazem parte do meu circulo de discussões.
Logo concluindo toda essa confusão, alguém tem que ter ao menos, por perto, vivido as emoções próximas as que deseja expressar. Alguém viveu o conto de fadas das comédias românticas? Sim.
Ao penso logo existo, replico, amo logo existo, sinto logo existo, idealizo logo existo, espero logo existo, decepciono-me logo existo, escrevo logo existo.
Oras, deixe-me viver também alimentado pelas minhas loucuras e divagações. deixe-me viver sucumbido aos planos jamais realizados, escrevendo as poesias nunca lidas e escrevendo cartas jamais enviadas.
A realidade é você quem faz.
Deixa eu brincar de ser feliz.
Monday, February 12, 2007
Meio à meio
eu cansei de ser assim
não posso mais levar
se tudo é tão ruim por onde eu devo ir?
a vida vai seguir,
ninguém vai reparar
aqui nesse lugar eu acho que acabou,
mas vou cantar
pra não cair fingindo ser
alguém que vive assim
de bem
eu não sei por onde fui
só resta eu me entregar
cansei de procurar o pouco que sobrou
eu tinha algum amor
eu era bem melhor
mas tudo deu um nó
e a vida se perdeu
se existe Deus em agonia
manda essa cavalaria que hoje a fé me abandonou
Tá bem, tá bem, isso não é meu, é do Camelo, mas diz bem tudo que quero dizer.
Estou desgostado, meio à meio. É. Mesmo que a facul esteja ótima, tenha conversado com gente muito bacana, descoberto que existe gente legal em Itabirito, conversável e convivível, não estou bem. Bom leve esta canção como o pouco que me sobrou.
não posso mais levar
se tudo é tão ruim por onde eu devo ir?
a vida vai seguir,
ninguém vai reparar
aqui nesse lugar eu acho que acabou,
mas vou cantar
pra não cair fingindo ser
alguém que vive assim
de bem
eu não sei por onde fui
só resta eu me entregar
cansei de procurar o pouco que sobrou
eu tinha algum amor
eu era bem melhor
mas tudo deu um nó
e a vida se perdeu
se existe Deus em agonia
manda essa cavalaria que hoje a fé me abandonou
Tá bem, tá bem, isso não é meu, é do Camelo, mas diz bem tudo que quero dizer.
Estou desgostado, meio à meio. É. Mesmo que a facul esteja ótima, tenha conversado com gente muito bacana, descoberto que existe gente legal em Itabirito, conversável e convivível, não estou bem. Bom leve esta canção como o pouco que me sobrou.
Thursday, February 08, 2007
Detalhe UEMG
Bom, ontem primeiro dia de aula (nossa pensar que estou calejado de tanto primeiro dia) foi massa.
Claroq ue não teve aula, claro que foi só trote e claro que na UFOP e no CEFET-OP foi mais criativo. O povo de capital é meio "devagar", pegaram bem mais leve...
Mas foi super engraçado, imagina que me pintaram deram banho, mandaram eu brincar de passar o palitinho (um dia eu explico como é isso e a gente brica [ui]). Mas o mais legal mesmo foi pedir dinheiro no sinal... É, nisso eles foram espertos, pegaram um pé do tênis de todos os calouros e mandaram a gente sujo, molhado e fedendo pro sinal pra conseguir grana pra eles beberem e liberar nosso tênis. Imagina, queriam R$10,00 pra liberar. Claro que ninguém conseguiu! Mas eu tive sorte, passaou uam amiga minha na hora e me deu R$5,00, uma outra moça com dó deu outros R$5,00 e consegui R$2,00 em moedinhas (ainda salvei uma menina lá...). Foi muito legal, sabe eu me diverti a bessa, o povo é muito legal e engraçado, exceto uns e outros. Mas o povo da sala é bem bacana, sério, alguns descolados, alguns com cara de CDF, cada qual com seu cada um. Cada um na sua mas com alguma coisa em comum, acho essa filosofia de lá, e tipo, lembrou-me muito o maço de free a facul.
Deixo portanto uma frase: "the original choice, ever"
Amei muito tudo aquilo!
Claroq ue não teve aula, claro que foi só trote e claro que na UFOP e no CEFET-OP foi mais criativo. O povo de capital é meio "devagar", pegaram bem mais leve...
Mas foi super engraçado, imagina que me pintaram deram banho, mandaram eu brincar de passar o palitinho (um dia eu explico como é isso e a gente brica [ui]). Mas o mais legal mesmo foi pedir dinheiro no sinal... É, nisso eles foram espertos, pegaram um pé do tênis de todos os calouros e mandaram a gente sujo, molhado e fedendo pro sinal pra conseguir grana pra eles beberem e liberar nosso tênis. Imagina, queriam R$10,00 pra liberar. Claro que ninguém conseguiu! Mas eu tive sorte, passaou uam amiga minha na hora e me deu R$5,00, uma outra moça com dó deu outros R$5,00 e consegui R$2,00 em moedinhas (ainda salvei uma menina lá...). Foi muito legal, sabe eu me diverti a bessa, o povo é muito legal e engraçado, exceto uns e outros. Mas o povo da sala é bem bacana, sério, alguns descolados, alguns com cara de CDF, cada qual com seu cada um. Cada um na sua mas com alguma coisa em comum, acho essa filosofia de lá, e tipo, lembrou-me muito o maço de free a facul.
Deixo portanto uma frase: "the original choice, ever"
Amei muito tudo aquilo!
Wednesday, February 07, 2007
Tuesday, February 06, 2007
Post de refugio
Espero profundamente que o mundo termine numa bela enxurrada de pamonha e cural. Algo bem pouco saborosoe extremamente trágico. Todos se afogando em milho. Inicialmente nunca tive nenhuma idéia de como seria bom o mundo acabar, mas a possibilidade desse tipo de catastrofe me despertou interesse. É bem interessante a possibilidade disso, muito mais tenso que enchentes de chocolate ou chuvas de café.
Hoje escutei coisas ruins. Não tive uma boia manhã, aprendi (o Bill nunca me ensinou isso) que o silêncio as vezes é a melhor resposta. Pena que não sei ficar em silêncio. Melhor sei, e quando acontece repentinamente começo a cantar. Isso significa que estou de mal humor. E pra variar estou cantando. Sinal que...
Uma coisa que gravei bem é que devemos fazer tudo que quizermos, ficarmos beeem felizes e ai suicidar. Acabei de ler as tendências conflitantes do Bill. Está cedo para morrer é bem verdade, aind anem entrei na UEMG de fato.
Saudades das épocas de Ouro Preto, das festas na casa do Marlon e das sextas na casa do Pedro. Saudades da inocência e do ciclo restrito de amizades. Saudades do mau humor que sempre me acompanahva, as calças caindo, o jeito gay, essa porra toda. Ah era bom, fez bem.
Essa coisa de macho cool, aberto as amizades, predisposto a conhecer cansa. As vezes voce se sente tão sozinho sentado na praça escutando música vendo a volta para casa das pessoas no final da tarde. Pensando no quanto não tem valido de nada essa vida. a coisa dos "n" dias tem toda razão. Tem sempre um dia que é "o" dia. E a gente passa a viver em função das lembranças dele. Como foi o 1º casarão, o reveillon, a confraria, a festa na casa da Lalá, na casa do Toffolo, a 1º festa na casa do Marlon, a primeira briga com o Anão, a matrícula na UEMG, a colação de grau. Tem coisas que ficam e tem coisas que não deveriam estar.
É não sei o que me é pior ver você além, ser nos sonhos mas não no viver. Tive que arranjar alguma coisa para compensar os dias ruins. Acho que isso me tem feito escrever mais ultimamente.
Pois é. acho que esse novo estilod e escrita, esses novos poemas que tem brotado do vão d aminha mente sã (sã?).
Oh meu deus! O que estou escrevendo? Por que estou me justificando, por que eu ainda me incomodo com o que eu olço. Oh droga!
Ainda dependo das pessoas, ainda penso, ainda sofro, ainda só.
Ai vou cuspir em você da próxima vez e quando você falar que sua alma gêmea não está aqui eu lhe roubo um beijo! Maldita falta de coragem que me mata! Ah Bill, tem que ser dançando mesmo? Chega e fala posso te dar um beijo? Ah e depois ela continua mesma comigo? Ah não, não sei fazer isso. Ahs ei mas não quero, acho que seria o pior não da minha vida. E droga de sociedade.
E droga de tudo e dane-se o mundo não me chamo Raimundo.
Mundo Mundo vasto mundo, se eu me chama-se Raimundo seria uma rima não uma solução.
Hoje escutei coisas ruins. Não tive uma boia manhã, aprendi (o Bill nunca me ensinou isso) que o silêncio as vezes é a melhor resposta. Pena que não sei ficar em silêncio. Melhor sei, e quando acontece repentinamente começo a cantar. Isso significa que estou de mal humor. E pra variar estou cantando. Sinal que...
Uma coisa que gravei bem é que devemos fazer tudo que quizermos, ficarmos beeem felizes e ai suicidar. Acabei de ler as tendências conflitantes do Bill. Está cedo para morrer é bem verdade, aind anem entrei na UEMG de fato.
Saudades das épocas de Ouro Preto, das festas na casa do Marlon e das sextas na casa do Pedro. Saudades da inocência e do ciclo restrito de amizades. Saudades do mau humor que sempre me acompanahva, as calças caindo, o jeito gay, essa porra toda. Ah era bom, fez bem.
Essa coisa de macho cool, aberto as amizades, predisposto a conhecer cansa. As vezes voce se sente tão sozinho sentado na praça escutando música vendo a volta para casa das pessoas no final da tarde. Pensando no quanto não tem valido de nada essa vida. a coisa dos "n" dias tem toda razão. Tem sempre um dia que é "o" dia. E a gente passa a viver em função das lembranças dele. Como foi o 1º casarão, o reveillon, a confraria, a festa na casa da Lalá, na casa do Toffolo, a 1º festa na casa do Marlon, a primeira briga com o Anão, a matrícula na UEMG, a colação de grau. Tem coisas que ficam e tem coisas que não deveriam estar.
É não sei o que me é pior ver você além, ser nos sonhos mas não no viver. Tive que arranjar alguma coisa para compensar os dias ruins. Acho que isso me tem feito escrever mais ultimamente.
Pois é. acho que esse novo estilod e escrita, esses novos poemas que tem brotado do vão d aminha mente sã (sã?).
Oh meu deus! O que estou escrevendo? Por que estou me justificando, por que eu ainda me incomodo com o que eu olço. Oh droga!
Ainda dependo das pessoas, ainda penso, ainda sofro, ainda só.
Ai vou cuspir em você da próxima vez e quando você falar que sua alma gêmea não está aqui eu lhe roubo um beijo! Maldita falta de coragem que me mata! Ah Bill, tem que ser dançando mesmo? Chega e fala posso te dar um beijo? Ah e depois ela continua mesma comigo? Ah não, não sei fazer isso. Ahs ei mas não quero, acho que seria o pior não da minha vida. E droga de sociedade.
E droga de tudo e dane-se o mundo não me chamo Raimundo.
Mundo Mundo vasto mundo, se eu me chama-se Raimundo seria uma rima não uma solução.
Monday, February 05, 2007
Queira Deus que minha família seja sempre preservada. Nossa depois de 19 anos vejo que a tendencia é outra. Do garoto recatado e estudioso, nasce um novo garoto, mais solto, com menos (ou quse nenhum) pudores sociais. A linha é outra. A vida é outra.
Agradeço ao meu irmão que tem sido meu melhor e quase único amigo que restou nessa nova fase. A ele didico esses versos, que dão em música...
Se vê estrelas em céu bonito
no qusae azul da lua em laranja
No preto do reflexo da pele
no límpido retrato da alma
Em verde em ciranda em fita
vem e em silencio
pra bom amigo
meio sorriso basta
se vê estrelas
é por que
o seu chapéu é o alto do céu
em noite enluarada
Agradeço ao meu irmão que tem sido meu melhor e quase único amigo que restou nessa nova fase. A ele didico esses versos, que dão em música...
Se vê estrelas em céu bonito
no qusae azul da lua em laranja
No preto do reflexo da pele
no límpido retrato da alma
Em verde em ciranda em fita
vem e em silencio
pra bom amigo
meio sorriso basta
se vê estrelas
é por que
o seu chapéu é o alto do céu
em noite enluarada
Friday, February 02, 2007
Antene-se
Nação Zumbi - Chico ScienceÉ só uma cabeça equilibrada em cima do corpo
Escutando o som das vitrolas, que vem dos mocambos
Entulhados a beira do Capibaribe
Na quarta pior cidade do mundo
Recife, cidade do mangue
Incrustada na lama dos manguezais
Onde estão os homens carangueijos
Minha corda costuma sair de andada
No meio da rua em cima das pontes
Procurando antenar boas vibrações
Prcurando antenar boa diversão
Sou, sou, sou, sou, sou Mangueboy !!! Recife, cidade
do mangue
Onde a lama é a irresureição
Onde estão os homens carangueijos
Minha corda costuma sair de andada
No meio da rua em cima das pontes
Procurando antenar boas vibrações
Procurando antenar boa diversão
Sou, sou, sou, sou, sou Mangueboy !!!
São 10 anos
Já são 10 anos. Hoje dia 02/02/2007 interam 10 anos da morte em um acidente do grande maestro Chico Sciense.
Se alguém soube como empurrar a cultura brasileira num levante antropofágico que nos fez dar uma virada interna e esquecer um pouco da ubber Seattle com seu grunge, esse alguém (não só ele) foi Chico.
Vindo de olinda, frequentador da periferia, com a musicalidade sempre associada ao hip hop, Sciense, ao reinventar o rock, o rap e o pop, com sua piatada de maracatu (pitada é bondade minha, pois foi muito tempero), mostrou que é das nossas raizes que ressurge a erudição. Não que nunca tivessemos tido essa sacada, porém numa época de conjuntura pop, entrada globalizada, samples e o universo americando invadindo o Brasil, quem mais fez barulho (mal sabem o orgulho que tenho em falar isso) foram os renegados tropicalistas modernos que vieram da destruida recife, para reinar nos centros musicais do sudeste, como rio, belo horizonte são paulo.
O movimento mangue que originou essa reviravolta musical é pai de todos os ritmos, som de todas as classes e barulho de todas as cores.
Claro que hoje o céu acordou mais azul, o sol veio brilhar mais uma vez, e a tão esperada chuva de final de tarde já está marcada, para depois dançarmos maracatu, sampa e hip hop.
Claro que meu sentimento no dia de hoje seria escutar o da lama ao caos e o Afrociberdelia todo, gritandom e sentindo cada batida de tambor, timbre da guitarra, palavra dita e até as não ditas.
Hoje é dia de se enterrar na lama, escutar dub e hip hop, dançar, pular!
São 10 anos de muita luta para conquistar a critica, o mundo e o resto do país, são 10 anos.
São 10 anos, 10 anos de tomadas de decisões sozinhos, 10 anos de mudança de som, de swing, de ideais. São 10 anos.
São 10 anos de muito esforço, 10 anos rompendo barreiras, 10 anos de muita luta.
São 10 anos.
São 10 anos sem Chico, 10 anos sem Chico, 10 anos. Chico, Chico, Chico.
Que nas oferendas a Iemanjá de hoje, vá meu afeto, meu respeito e minha cega obediencia aos mandamentos mague. Sou mangueboy, tardio, mas sou.
Chico, Chico, queisera eu ter podido desfrutar de sua inteligencia, irreverencia, maestria antes. Chico Sciense, Chico Sciense, Chico Sciense.
Salve.
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Se alguém soube como empurrar a cultura brasileira num levante antropofágico que nos fez dar uma virada interna e esquecer um pouco da ubber Seattle com seu grunge, esse alguém (não só ele) foi Chico.
Vindo de olinda, frequentador da periferia, com a musicalidade sempre associada ao hip hop, Sciense, ao reinventar o rock, o rap e o pop, com sua piatada de maracatu (pitada é bondade minha, pois foi muito tempero), mostrou que é das nossas raizes que ressurge a erudição. Não que nunca tivessemos tido essa sacada, porém numa época de conjuntura pop, entrada globalizada, samples e o universo americando invadindo o Brasil, quem mais fez barulho (mal sabem o orgulho que tenho em falar isso) foram os renegados tropicalistas modernos que vieram da destruida recife, para reinar nos centros musicais do sudeste, como rio, belo horizonte são paulo.
O movimento mangue que originou essa reviravolta musical é pai de todos os ritmos, som de todas as classes e barulho de todas as cores.
Claro que hoje o céu acordou mais azul, o sol veio brilhar mais uma vez, e a tão esperada chuva de final de tarde já está marcada, para depois dançarmos maracatu, sampa e hip hop.
Claro que meu sentimento no dia de hoje seria escutar o da lama ao caos e o Afrociberdelia todo, gritandom e sentindo cada batida de tambor, timbre da guitarra, palavra dita e até as não ditas.
Hoje é dia de se enterrar na lama, escutar dub e hip hop, dançar, pular!
São 10 anos de muita luta para conquistar a critica, o mundo e o resto do país, são 10 anos.
São 10 anos, 10 anos de tomadas de decisões sozinhos, 10 anos de mudança de som, de swing, de ideais. São 10 anos.
São 10 anos de muito esforço, 10 anos rompendo barreiras, 10 anos de muita luta.
São 10 anos.
São 10 anos sem Chico, 10 anos sem Chico, 10 anos. Chico, Chico, Chico.
Que nas oferendas a Iemanjá de hoje, vá meu afeto, meu respeito e minha cega obediencia aos mandamentos mague. Sou mangueboy, tardio, mas sou.
Chico, Chico, queisera eu ter podido desfrutar de sua inteligencia, irreverencia, maestria antes. Chico Sciense, Chico Sciense, Chico Sciense.
Salve.
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Thursday, February 01, 2007
Carangueijos com Cérebro
por Fred Zero Quatro
O primeiro manifesto do Mangue, na íntegra e em sua versão original de 1992.
Mangue, o conceito
Estuário. Parte terminal de rio ou lagoa. Porção de rio com água salobra. Em suas margens se encontram os manguezais, comunidades de plantas tropicais ou subtropicais inundadas pelos movimentos das marés. Pela troca de matéria orgânica entre a água doce e a água salgada, os mangues estão entre os ecossistemas mais produtivos do mundo.
Estima-se que duas mil espécies de microorganismos e animais vertebrados e invertebrados estejam associados à vegetação do mangue. Os estuários fornecem áreas de desova e criação para dois terços da produção anual de pescados do mundo inteiro. Pelo menos oitenta espécies comercialmente importantes dependem do alagadiço costeiro.
Não é por acaso que os mangues são considerados um elo básico da cadeia alimentar marinha. Apesar das muriçocas, mosquitos e mutucas, inimigos das donas-de-casa, para os cientistas são tidos como símbolos de fertilidade, diversidade e riqueza.
Manguetown, a cidade
A planície costeira onde a cidade do Recife foi fundada é cortada por seis rios. Após a expulsão dos holandeses, no século XVII, a (ex)cidade *maurícia* passou desordenadamente às custas do aterramento indiscriminado e da destruição de seus manguezais.
Em contrapartida, o desvairio irresistível de uma cínica noção de *progresso*, que elevou a cidade ao posto de *metrópole* do Nordeste, não tardou a revelar sua fragilidade.
Bastaram pequenas mudanças nos ventos da história, para que os primeiros sinais de esclerose econômica se manifestassem, no início dos anos setenta. Nos últimos trinta anos, a síndrome da estagnação, aliada a permanência do mito da *metrópole* só tem levado ao agravamento acelerado do quadro de miséria e caos urbano.
Mangue, a cena
Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo as suas veias. O modo mais rápido, também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.
Em meados de 91, começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo era engendrar um *circuito energético*, capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo: uma antena parabólica enfiada na lama.
Hoje, Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em hip-hop, colapso da modernidade, Caos, ataques de predadores marítimos (principalmente tubarões), moda, Jackson do Pandeiro, Josué de Castro, rádio, sexo não-virtual, sabotagem, música de rua, conflitos étnicos, midiotia, Malcom Maclaren, Os Simpsons e todos os avanços da química aplicados no terreno da alteração e expansão da consciência.
Bastaram poucos anos para os produtos da fábrica mangue invadirem o Recife e começarem a se espalhar pelos quatro cantos do mundo. A descarga inicial de energia gerou uma cena musical com mais de cem bandas. No rastro dela, surgiram programas de rádio, desfiles de moda, vídeo clipes, filmes e muito mais. Pouco a pouco, as artérias vão sendo desbloqueadas e o sangue volta a circular pelas veias da Manguetown.
O primeiro manifesto do Mangue, na íntegra e em sua versão original de 1992.
Mangue, o conceito
Estuário. Parte terminal de rio ou lagoa. Porção de rio com água salobra. Em suas margens se encontram os manguezais, comunidades de plantas tropicais ou subtropicais inundadas pelos movimentos das marés. Pela troca de matéria orgânica entre a água doce e a água salgada, os mangues estão entre os ecossistemas mais produtivos do mundo.
Estima-se que duas mil espécies de microorganismos e animais vertebrados e invertebrados estejam associados à vegetação do mangue. Os estuários fornecem áreas de desova e criação para dois terços da produção anual de pescados do mundo inteiro. Pelo menos oitenta espécies comercialmente importantes dependem do alagadiço costeiro.
Não é por acaso que os mangues são considerados um elo básico da cadeia alimentar marinha. Apesar das muriçocas, mosquitos e mutucas, inimigos das donas-de-casa, para os cientistas são tidos como símbolos de fertilidade, diversidade e riqueza.
Manguetown, a cidade
A planície costeira onde a cidade do Recife foi fundada é cortada por seis rios. Após a expulsão dos holandeses, no século XVII, a (ex)cidade *maurícia* passou desordenadamente às custas do aterramento indiscriminado e da destruição de seus manguezais.
Em contrapartida, o desvairio irresistível de uma cínica noção de *progresso*, que elevou a cidade ao posto de *metrópole* do Nordeste, não tardou a revelar sua fragilidade.
Bastaram pequenas mudanças nos ventos da história, para que os primeiros sinais de esclerose econômica se manifestassem, no início dos anos setenta. Nos últimos trinta anos, a síndrome da estagnação, aliada a permanência do mito da *metrópole* só tem levado ao agravamento acelerado do quadro de miséria e caos urbano.
Mangue, a cena
Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo as suas veias. O modo mais rápido, também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.
Em meados de 91, começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo era engendrar um *circuito energético*, capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo: uma antena parabólica enfiada na lama.
Hoje, Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em hip-hop, colapso da modernidade, Caos, ataques de predadores marítimos (principalmente tubarões), moda, Jackson do Pandeiro, Josué de Castro, rádio, sexo não-virtual, sabotagem, música de rua, conflitos étnicos, midiotia, Malcom Maclaren, Os Simpsons e todos os avanços da química aplicados no terreno da alteração e expansão da consciência.
Bastaram poucos anos para os produtos da fábrica mangue invadirem o Recife e começarem a se espalhar pelos quatro cantos do mundo. A descarga inicial de energia gerou uma cena musical com mais de cem bandas. No rastro dela, surgiram programas de rádio, desfiles de moda, vídeo clipes, filmes e muito mais. Pouco a pouco, as artérias vão sendo desbloqueadas e o sangue volta a circular pelas veias da Manguetown.
LUTO OFICIAL
Decretado Luto oficial em homenagme póstuma ao fundador do movimento de contra cultura mais importante já vivenciado no Brasil pós ditadura. Um satélite na cabeça!
10 anos sem chico, tem inicio as homenagens, nesses próximos dias os posts serão dedicados a Chico Sciense, o homem que virou os olhos do mundo para o Brasil, o Brasil sabe fazer rock e a nossa MPB enfim é pop.
Salve Chico Sciense, salve Chico Sciense, Salve Chico Sciense, salve...
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