Tuesday, February 13, 2007

Deixa eu brincar de ser feliz.

Tenho reparado que a discussão sobre a dualidade do verossímel tem tomado dimensões alarmantes. Sim, as pessoas, antes tarde do que nunca, estão começando a entender que mais vale uma vida idealizada que choramingar a desgraça do real.
Li um texto super bacana sobre isso, essa coisa chata das pessoas falarem "isso só acontece nos filmes" sabe? Pois é, e concordo. Não é só nos filmes não. Sabe alguém que vive esse mundinho insano e tão real teve que pensar nisso. Ninguém está apto a descrever o que não viveu. Não me considero capaz de escrever sobre a Estônia, nunca tive lá, nem mesmo sobre junlgamentos éticos e chauvinistas, coisas que não fazem parte do meu circulo de discussões.
Logo concluindo toda essa confusão, alguém tem que ter ao menos, por perto, vivido as emoções próximas as que deseja expressar. Alguém viveu o conto de fadas das comédias românticas? Sim.
Ao penso logo existo, replico, amo logo existo, sinto logo existo, idealizo logo existo, espero logo existo, decepciono-me logo existo, escrevo logo existo.
Oras, deixe-me viver também alimentado pelas minhas loucuras e divagações. deixe-me viver sucumbido aos planos jamais realizados, escrevendo as poesias nunca lidas e escrevendo cartas jamais enviadas.
A realidade é você quem faz.
Deixa eu brincar de ser feliz.

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